Portal 2: GLaDOS ainda está viva

Colocado por Wizard Weatherwax em 25 de Abril, 2011
GLaDOS
"Mas eu acho que devemos meter as nossas diferenças de lado. Pela ciência. Seu monstro.” - GLaDOS, inteligência artificial da Aperture Science

Portal Gun
Portal 2 foi realmente uma experiência fantástica, conseguindo aliar uma história interessante a uma mecânica de jogo original e divertida que tem como base uma arma que cria portais dimensionais!

 Para mim, o momento mais alto do videojogo foi reencontrar a antagonista do primeiro Portal, a sádica - mas divertida - GLaDOS, a inteligência artificial que controla toda a tecnologia dos laboratórios da
Aperture Science.

É complicado explicar o relacionamento que o jogador partilha com esta entidade psicótica e omnipresente. Por um lado, temos uma inteligência artificial ao estilo do
HAL 9000 do filme 2011: Odisseia no Espaço: uma entidade robótica que revela uma frieza calculista e uma terrível descrença nas capacidades humanas que considera como falíveis e pouco racionais. Mas por outro lado, temos uma antagonista divertida e inesquecível, sendo que os seus insultos e comentários sarcásticos acabam por motivar o jogador a seguir em frente, a não desistir dos desafios que a própria GLaDOS lhe impôs.

Mensagens nas paredes
A GLaDOS é ao mesmo tempo a maior inimiga e amiga do jogador: é por causa dela que estamos a ser sujeitos a diversos testes letais e complexos, mas a verdade é que ela é também a única companhia que o jogador tem ao longo do primeiro jogo. Isto, claro, se não contarmos com a companhia do pacato Cubo Companheiro.

 
Na sequela, o jogador vai ter a oportunidade de conhecer novos personagens (também eles memoráveis e interessantes, possibilitando que os criadores desenvolvam mais o universo criativo do jogo), mas a GLaDOS mantém um papel de revelo: vai funcionar como o elo de ligação do jogador entre os dois videojogos. Esta entidade robótica assume, portanto, o papel de guia, ajudando o jogador a adaptar-se aos novos cenários e a tornar o ambiente mais familiar.

Tendo em conta tudo o que passámos no primeiro jogo - todos aqueles bons e maus momentos que culminaram num simpático duelo até à morte - foi de facto agradável reencontrar a minha velha companheira e rival. A questão é: Será que estou a sofrer de Síndrome de Estocolmo?